William Gibson, famoso por escrever Neuromancer, escreveu um artigo para a revista Wired, descrevendo o seu processo criativo e o que ele acha que está acontecendo com a arte hoje em dia.
Segundo ele, os escritores que o inspiraram a escrever e a própria obra dele se apoiam sobre o princípio da montagem, ou seja, de pegar pequenas partes de textos de lugares diferentes para criar o seu texto, defendendo que não seria plágio, mas sim a transformação da matéria prima em algo novo.
Eu acho que isso é perfeitamente válido, e temos ótimos exemplos de filmes que "pegam emprestado" um pouco da história de um outro filem, como metrópolis de Osamu Tezuka. Mas, isso só é bom quando o material original serve somente como inspiração para criar algo novo, diferente da enchente de remakes, que já foi discutida aqui.Um outro problema é que nem tudo são remix, como ele chama. Aliás, a minoria dos filmes e textos de hoje em dia são remix de verdade.
Uma outra coisa que me encomodou no artigo dele é que ele parece não sair do personagem. Há um certo tom de arrogãncia e pretensão sobre o seu texto. Apesar de muito do que ele fala sobre a indústria da música e dos textos fazerem sentido, isso poderia ser introduzido de maneira mais natural, e não como se fosse parte de seus livros de cyber-punk
7 de jul. de 2005
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